A esclerose múltipla é uma doença autoimune que afeta o sistema nervoso central, direcionado para o cérebro e a medula espinhal. São defesas criadas pelo próprio copo que saem direto na substância responsável pela proteção dos impulsos nervosos dos neurônios.

Esse breve trecho pode parecer uma explicação um pouco complicada e é para isso que a campanha do Agosto Laranja surgiu: desmistificar e conscientizar sobre a esclerose múltipla.

O primeiro passo é entender o que é e como essa doença surge.

O que é a Esclerose Múltipla?

A esclerose múltipla (EM) é uma doença neurológica crônica autoimune que afeta o sistema nervoso central, caracterizada pela destruição da mielina, uma substância que protege as fibras nervosas. Isso prejudica a comunicação entre o cérebro, a medula espinhal e outras partes do corpo, resultando em diversos sintomas neurológicos.

Embora as causas da esclerose múltipla ainda sejam desconhecidas e não haja métodos de prevenção, a detecção precoce e o tratamento adequado podem melhorar a qualidade de vida e prevenir a progressão para estágios mais avançados da doença. Portanto, é essencial buscar ajuda médica se houver suspeita de sintomas.

Apesar de não se ter uma forma exata de como essa doença existe, é importante se atentar a três pontos que acercam a esclerose múltipla:

●Não é uma doença mental. As dores, os sintomas realmente existem.

●Não é contagiosa.

●Necessita de acompanhamento médico.

Quais os tipos de Esclerose Múltipla?

Diferente do que muitos pensam, a esclerose múltipla é mais comum em pessoas jovens, com sintomas geralmente surgindo entre 20 e 50 anos, ou seja, são principalmente indivíduos jovens e adultos. A Esclerose Múltipla se divide em quatro tipos, que são:

1.Esclerose Múltipla Recorrente-Remitente (EMRR): o tipo mais comum (85% dos casos), caracterizado por surtos de sintomas agressivos que podem se tornar mais frequentes e graves. Com o tempo, metade dos pacientes pode evoluir para a forma secundária.

2.Esclerose Múltipla Secundária Progressiva (EMSP): evolui a partir da EMRR e é mais grave, com sintomas progressivos mesmo fora dos surtos. Normalmente aparece cerca de 10 anos após o início da EMRR.

3.Esclerose Múltipla Progressiva Primária (EMPP): geralmente diagnosticada em torno dos 40 anos, apresenta um agravamento contínuo dos sintomas sem surtos claros. Afeta cerca de 15% dos pacientes com EM.

4.Esclerose Múltipla Progressiva Recorrente (EMPR): a forma mais rara, caracterizada por uma progressão constante da doença com surtos graves que pioram com o tempo.

Seja qual for o tipo, o acompanhamento médico é essencial para monitorar e gerenciar a condição.

Sintomas da Esclerose Múltipla

Existem algumas variáveis que afetam diretamente os sintomas da esclerose múltipla, como: quais áreas do sistema nervoso central foram afetadas, qual o tipo de esclerose do paciente, qual a faixa etária. Entretanto, os sintomas mais comuns são:

●Fadiga, cansaço extremo e falta de energia.

●Alterações sensitivas, parestesias como formigamento ou dormência, e dor facial (neuralgia do trigêmeo).

●Problemas visuais, como a visão borrada, manchas escuras, embaçamento, perda visual e visão dupla.

●Sintomas motores, como a perda de força muscular, dificuldade para caminhar, espasmos e rigidez muscular.

●Ataxia, que prejudica a coordenação motora, gerando tontura e desequilíbrio.

●Sintomas esfincterianos, trazendo dificuldade no controle da bexiga e intestinos.

●Alterações cognitivas, como problemas de memória, atenção e processamento de informações.

●Alterações de humor, depressão e ansiedade.

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico da esclerose múltipla é baseado em critérios clínicos e exames de imagem, como a Ressonância Magnética (RM), que identifica lesões características da desmielinização. Exames complementares, como a análise do líquor, também são utilizados para confirmar o diagnóstico.

Embora não haja cura para a esclerose múltipla, o tratamento visa reduzir inflamações e surtos, prevenindo a progressão das incapacidades físicas e cognitivas e melhorando a qualidade de vida.

Além do uso regular de medicação, é essencial adotar hábitos saudáveis, como uma dieta equilibrada, atividade física e a evitação do tabagismo. Com esses cuidados, muitos pacientes conseguem alcançar uma fase de estabilidade clínica, na qual a doença fica "controlada".

Agosto Laranja e a Esclerose Múltipla

O Agosto Laranja surgiu como uma campanha de prevenção e conscientização da Esclerose Múltipla, buscando esclarecer as inúmeras dúvidas que permeiam em volta desta doença. A data surgiu com base no Dia Mundial da Esclerose Múltipla, celebrado pela primeira vez em 30 de agosto de 2006. Este dia tem como objetivo aumentar a conscientização sobre a doença, promover debates e reforçar a importância do tratamento pelo SUS.

O Agosto Laranja visa dar visibilidade às pessoas que enfrentam a esclerose múltipla, destacando suas necessidades específicas, sendo um período fundamental para ampliar o conhecimento sobre a doença e suas implicações.

Uma das formas de prevenir e também de obter o diagnóstico precoce da Esclerose Mùltipla é consultar o médico e realizar exames regularmente. Investir em um plano de saúde é essencial para quem busca uma vida saudável.

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