Estresse crônico com o trabalho, cansaço físico e mental, dificuldade de concentração e irritabilidade. Esses são alguns, dos muitos, sintomas da síndrome de burnout ou síndrome do esgotamento profissional.

A doença, que no último ano foi classificada como ocupacional (relacionada ao trabalho), chegou a afetar 32% dos brasileiros em 2019, de acordo com um levantamento da ISMA-BR (International Stress Management Association do Brasil).

Afinal, o que é a síndrome de burnout?

De acordo com a CID (Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde), “o burnout é uma síndrome conceituada como o resultado do estresse crônico no trabalho que não foi bem gerenciado.” ¹

Os três principais aspectos da doença são: sentimentos de exaustão e falta de energia, distanciamento mental do trabalho ou sentimentos negativos ligados a ele e, por fim, sensação de ineficiência.

De forma geral, a síndrome de burnout, ou síndrome do esgotamento profissional, é o resultado de uma longa exposição a estresse ligado ao trabalho.

Ou seja, o estresse enfrentado pela pessoa não foi devidamente administrado, então é como se se ele houvesse se acumulado até chegar ao ponto de gerar sintomas emocionais – e, em alguns casos, físicos.

Quais são os sintomas de burnout?

Os sintomas podem variar entre emocionais e físicos, e cada pessoa pode expressá-los de diferentes formas, por isso é fundamental buscar a opinião de um profissional – psicólogo ou psiquiatra. Porém, listamos aqui alguns dos mais comuns, de acordo com o Ministério da Saúde²:

•Cansaço físico e mental;

•Dificuldade de concentração;

•Insônia;

•Irritabilidade;

•Dores de cabeça frequentes;

•Negatividade e sentimentos de fracasso, insegurança e derrota;

•Alterações de humor;

•Tendência ao isolamento;

•Fadiga;

•Problemas gastrointestinais;

•Dores musculares.

Atenção: é importante frisar que, apesar de terem alguns sintomas semelhantes, o burnout não é a mesma coisa que a depressão – apesar disso, o burnout pode, sim, levar o indivíduo a um estado depressivo.

Em quais profissões e situações o burnout acontece?

O burnout não ocorre apenas em profissões ou contextos específicos. No entanto, em alguns cenários e ocupações a doença é mais frequente, por serem ambientes em que a pessoa trabalha sob maior pressão.

Pessoas das áreas da saúde, educação, segurança e comunicação são as mais afetadas. ³

Além disso, existem situações que podem ser propícias a essa síndrome, tais como: mulheres que atuam em dupla jornada de trabalho, pessoas que fazem horas extras excessivas ou estão sobrecarregadas no trabalho, empresas com gestores ou ambientes de trabalho tóxicos.

Como é feito o diagnóstico e o tratamento do burnout?

O diagnóstico e tratamento do burnout só pode ser feito por psicólogos ou psiquiatras, e leva em conta todo o histórico do paciente, especialmente no que diz respeito à sua vida profissional. No entanto, o apoio de médicos de outras áreas é importante ao longo do tratamento, principalmente para cuidar dos sintomas físicos.

Já o tratamento pode envolver o uso de medicamentos (quando receitados por um psiquiatra ou médico), psicoterapia, adoção de hábitos saudáveis (como alimentação equilibrada e prática de atividades físicas), além de exercícios de relaxamento.

Um dos pontos principais é rever a relação da pessoa com seu trabalho e aprender a lidar com o estresse ligado a ele.

3 dicas para se prevenir

A única maneira de se prevenir contra o burnout é evitando que o estresse ligado ao trabalho atinja níveis críticos.

1.Tenha hobbies e momentos de lazer

É fundamental ter outras atividades, além do trabalho, na sua rotina, como os hobbies. Não importa se você gosta de cozinhar, pintar, escrever ou tocar um instrumento: o objetivo é praticar uma atividade que te dá prazer!

Além disso, não se esqueça dos momentos de lazer com os amigos e a família. A socialização fora do trabalho também traz felicidade e leveza!

2.Pratique atividades físicas frequentemente

A prática de atividade física tem inúmeros benefícios para a saúde – e um dos motivos para isso é que ela produz endorfina e serotonina, hormônios que geram a sensação de bem-estar.

3.Procure a psicoterapia

A psicoterapia oferece novas perspectivas sobre as situações de estresse, além de trazer técnicas que podem ser utilizadas para lidar com elas. Além disso, esse tratamento também pode ajudar você em outras áreas da vida, especialmente na mudança de comportamento.

Para garantir que você tenha o melhor tratamento para a síndrome de burnout e qualquer outro problema de saúde, fale com nossos consultores e conheça os planos da ACADS.

¹CID-11 - Burnout

²Ministério da Saúde – Síndrome de Burnout

³Drauzio Varella - SÍNDROME DE BURNOUT (ESGOTAMENTO PROFISSIONAL)