A maternidade é repleta de alegrias, desafios e responsabilidades. Desde a descoberta da gravidez, as mães iniciam uma jornada incrível e desafiadora, onde são responsáveis não apenas pelo bem-estar físico, mas também pelo desenvolvimento emocional e mental de seus filhos.

Tudo isso gera uma carga mental muito grande, principalmente quando combinada com as responsabilidades no trabalho e nas tarefas de casa, que a maioria das mulheres também precisa lidar.

Neste contexto, muitas vezes a saúde mental da mãe é negligenciada, o que pode gerar graves consequências para elas e até mesmo para sua família.

A sobrecarga emocional na maternidade

A sobrecarga enfrentada pelas mães é uma realidade muitas vezes invisível, mas impactante. Segundo a psicóloga Nayara Janser, especialista em maternidade, é um conjunto de fatores. “A alta demanda de atividades voltadas ao cuidado do bebê, que por muitas vezes estão sendo realizadas pela primeira vez, junto da privação do sono e falta de rede de apoio culminam em maior desgaste.”

Essa sobrecarga pode levar a um aumento significativo nos níveis de estresse e ansiedade, prejudicando a saúde e qualidade de vida dessas mulheres.

Abaixo veremos alguns dos principais motivos.

Jornada tripla de trabalho

As mulheres são frequentemente sobrecarregadas com uma lista interminável de tarefas, que vão desde cuidar dos filhos, da casa e do marido até equilibrar carreiras profissionais.

Segunda uma pesquisa, 85% das mulheres entrevistadas precisam cuidar dos filhos e dar conta das atividades domésticas, além de trabalhar.

Pressão social

A pressão social e cultural também desempenha um papel importante nessa situação.

Elas muitas vezes se sentem obrigadas a atender às expectativas da sociedade sobre o que significa ser uma "boa mãe", o que pode levar a sentimentos de inadequação e culpa quando não conseguem alcançar esses padrões.

Você provavelmente já ouviu a frase “nasce uma mãe, nasce uma culpa.”

Desafios da maternidade

Além disso, as mães enfrentam uma série de desafios únicos relacionados à maternidade, como:

• As mudanças hormonais durante a gravidez e pós-parto;
• A falta de sono devido aos cuidados com o bebê;
• A pressão para equilibrar a vida profissional e familiar.

Todos esses desafios podem aumentar o risco de problemas de saúde mental, como depressão pós-parto, ansiedade e estresse crônico.

O que fazer?

Ignorar as questões de saúde mental enfrentadas nessa fase não vai fazer com que elas vão embora. Segundo Nayara, é importante reconhecer quando se precisa da ajuda não só de familiares e amigos, mas de profissionais da saúde, como um psicólogo, que possui uma escuta especializada e livre de julgamentos.

Por isso, é importante que as mães recebam o apoio e cuidados necessários, tanto de profissionais de saúde quanto de sua própria família.

Algumas ações que podem ser feitas são:

• Reconhecer os próprios limites e pedir ajuda à rede de apoio, para que possa descansar e recarregar as energias.
• Procurar apoio de profissionais de saúde mental, principalmente por meio da psicoterapia;
• Conversar com outras mães, trocando experiências.
• Se você é o pai da criança, compartilhe as responsabilidades, revezando os cuidados noturnos, acompanhando as consultas médicas e o desempenho escolar.

Conclusão

O nascimento de um filho é uma fase desafiadora para todos os cuidadores e não há um manual de instruções.

Portanto, segundo Nayara, é importante desde a gestação se informar sobre o parto, o pós-parto e preparar a rede de apoio, pois por mais que cada pessoa enfrente o pós-parto de uma forma, estar informada abaixa os níveis de ansiedade e dá a sensação de preparo.

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